quinta-feira, 14 de agosto de 2014

QUE RIO GRANDE DO SUL QUEREMOS, NA ÁREA AMBIENTAL?


*Paulo Brack (11-08-2014)

A convite da AGAPAN (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural), trazemos aqui alguns apontamentos como contribuição para os debates dos programas ambientais, inclusive neste ano eleitoral de 2014, mesmo levando-se em conta a crise política e de representatividade em que vivemos. Não podemos nos ausentar destes debates, mesmo que tenhamos dúvidas quanto à legitimidade do processo que permite, por exemplo, que partidos utilizem-se, injustamente, de financiamentos privados de campanha por parte de empresas – em geral gigantes - que degradam o meio ambiente e comprometem a democracia. Atualmente, a sociedade está em grande parte descrente do processo político institucional, pois a maior parte dos partidos não possui base eleitoral representativa e democrática, e estes não representam mais do que os seus interesses pessoais. Assim, uma reforma política profunda é urgente para que se possa retornar aos preceitos éticos elementares e a moralidade administrativa, refletindo os avanços que a sociedade impõe, via bem comum, sobre os interesses de grupos econômicos gananciosos e de políticos profissionais. Mas a vanguarda disso não pode cair de novo na mão de partidos. Neste aspecto, a sociedade deve estar atenta, acompanhando, cobrando e refutando a sensação de “normal” aos descaminhos da política e dos atuais retrocessos ambientais[1].

Seguem nossas avaliações e propostas, dentro de algumas prioridades e também dentro doas temas que mais acompanhamos, nos quase oito anos de Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente), por parte de nossa representação pelo Ingá, entidade indicada pela Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente (Apedema-RS). Em 2010, pudemos participar junto com a Apedema, o Mogdema (Movimento Gaucho em Defesa do Meio Ambiente) e com outros ativistas ambientais da plataforma[2] para aquelas eleições.