terça-feira, 21 de abril de 2015

Vídeo sobre Painel dos 10 Anos da Lei de Biossegurança e os Transgênicos no Brasil

Publicado em 21 de abr de 2015
O vídeo trata do Painel realizado no dia 24/03/15 na Faculdade de Arquitetura da UFRGS, em Porto Alegre, RS, sobre os 10 anos da Lei 11.105 de 24 de março de 2005. Esta Lei deu superpoderes à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), o que gerou situações preocupantes e contraditórias da facilitação da liberação dos transgênicos no Brasil. Os depoimentos foram dados por cientistas que participam ou participaram da Comissão, os doutores Marijane Lisboa (PUCSP) e Leonardo Melgarejo (AGAPAN). O tema contou com palestras e debate com destaque ao crescimento do uso de agrotóxicos no Brasil, a forma de liberação, que não leva em conta áreas da ciência ecológica e da área social, e a composição da Comissão que, por força de alguns setores interessados nesta tecnologia, contempla a maior parte de representantes que já desenvolvem pesquisas aplicadas com engenharia genética e não necessariamente com biossegurança. 

A iniciativa do evento partiu da AGAPAN (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural), INGÁ - Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais, Grupo Viveiros Comunitários (GVC) - UFRGS e MoGDeMA (Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente).

A luta contra os agrotóxicos e transgênicos: impactos e perspectivas (Vídeo do VIII CBA-Agroecologia, novembro 2013)

O que se verifica, na realidade, após a liberação dos transgênicos na agricultura, no Brasil e no mundo, o que existe é: 
1) crescimento cada vez maior do uso de agrotóxicos (gráfico abaixo) e contaminação ambiental; 2) crescimento de intoxicações humanas por biocidas (herbicidas, fungicidas, inseticidas, etc.); 
3) contaminação elevada de sementes crioulas; 
4) perda de biodiversidade, inclusive das plantas agrícolas, como a própria FAO admite; 
5) concentração cada vez maior de oligopólios de sementes; 
6) perda do direito do consumidor em obter alimentos que não contenham transgênicos.  

Então, aqueles que defendiam esta tecnologia, como uma solução para a redução do uso de agrotóxicos deveriam dar explicação à sociedade.

O Brasil é, a partir de 2008, o país que mais consome agrotóxicos e também o segundo país no uso de transgênicos. Cabe agora que tenhamos a responsabilidade de esclarecer a sociedade sobre esta realidade representada como um resultado das monoculturas, sistemas simplificados, quimicodependentes e ecologicamente disfuncionais, portanto insustentáveis, como bem destacou um dos mais renomados ecólogos, em nível mundial, Eugene Odum.

O presente vídeo a seguir traz falas dos doutores Wanderlei Antônio Pignati (UFMT/ABRASCO), Javier Souza (RAPAL, Argentina) e Leonardo Melgarejo (GEA-NEAD/MDA). A coordenação é de Ana Valls (AGAPAN).