*Paulo Brack (11-08-2014)
A
convite da AGAPAN (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural), trazemos
aqui alguns apontamentos como contribuição para os debates dos programas
ambientais, inclusive neste ano eleitoral de 2014, mesmo levando-se em conta a
crise política e de representatividade em que vivemos. Não podemos nos ausentar
destes debates, mesmo que tenhamos dúvidas quanto à legitimidade do processo
que permite, por exemplo, que partidos utilizem-se, injustamente, de
financiamentos privados de campanha por parte de empresas – em geral gigantes -
que degradam o meio ambiente e comprometem a democracia. Atualmente, a sociedade está em grande parte descrente
do processo político institucional, pois a maior parte dos partidos não possui base eleitoral representativa e
democrática, e estes não representam mais do que os seus interesses
pessoais. Assim, uma reforma política
profunda é urgente para que se possa retornar aos preceitos éticos
elementares e a moralidade administrativa, refletindo os avanços que a
sociedade impõe, via bem comum, sobre os interesses de grupos econômicos
gananciosos e de políticos profissionais. Mas a vanguarda disso não pode cair
de novo na mão de partidos. Neste aspecto, a sociedade deve estar atenta,
acompanhando, cobrando e refutando a sensação de “normal” aos descaminhos da
política e dos atuais retrocessos
ambientais[1].
Seguem nossas
avaliações e propostas, dentro de algumas prioridades e também dentro doas
temas que mais acompanhamos, nos quase oito anos de Consema (Conselho Estadual
de Meio Ambiente), por parte de nossa representação pelo Ingá, entidade indicada pela Assembleia Permanente de Entidades em
Defesa do Meio Ambiente (Apedema-RS). Em 2010, pudemos participar junto
com a Apedema, o Mogdema (Movimento
Gaucho em Defesa do Meio Ambiente) e com outros ativistas ambientais da plataforma[2]
para aquelas eleições.