sábado, 12 de julho de 2025

ÁRVORES NATIVAS PARA COLETAR SEMENTES E PLANTAR NO INVERNO (Cedro-rosa e Rabo-de-bugio)

 CEDRO-ROSA (Ygary)  (Cedrela fissilis Vell.)

Família Meliaceae




Árvore de folhas caducas, de 10 a 25 m de altura. Tronco em geral retilíneo ou levemente inclinado, com casca marrom, rugosa com placas retangulares engrossadas. É característica da Mata Atlântica, desde o norte do Brasil até a metade norte do RS. As pequenas flores abrem-se em outubro. Os frutos secos, de cor marrom, lembram os da nogueira. As sementes possuem pequenas asas, lembrando asas de baratas, sendo levadas pelo vento a grandes distâncias, nos meses de junho e julho. Produz madeira de lei, de cor pardo-rosada, sendo própria para interiores e exteriores.

           Como semear e plantar: Encha um saquinho de leite ou garrafa plástica com terra preta e fofa com furinhos no fundo. A semeadura é realizada no inverno, logo após a colheita, enterrando-se 2 ou 3 sementes sob 1 centímetro de terra, regando de 2 em 2 dias. A germinação ocorrerá ao redor de uma semana. Caso tenha germinado mais de uma semente, transplante as demais para outros sacos. Apresenta crescimento rápido no ano seguinte, quando a muda atingir cerca de 30 a 50 cm, podendo ser plantada a partir de 1 m de altura definitivamente em covas, preferentemente de 60 cm de diâmetro e igual profundidade, de preferência em solos argilosos e úmidos, garantindo rega nos primeiros anos, principalmente durante o verão. Atenção: não plante o cedro em calçadas ou em baixo da rede elétrica pois é de grande porte e poderá trazer transtornos.

FONTE DE INFORMAÇÃO:

https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1139731 

http://www.umpedeque.com.br/arvore.php?id=652 

https://www.youtube.com/watch?v=9U_JY21ingM&ab_channel=UmP%C3%A9deQu%C3%AA%3F

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RABO-DE-BUGIO [Muellera campestris (Mart. ex Benth.) M.J. Silva & A.M.G. Azevedo]

Família Fabaceae 

NOMES POPULARES: Rabo-de-bugio, rabo-de-macaco, maracanã, canela-do-brejo, "ivira-itá" (Argentina)







        Árvore de baixo porte, semi-caducifólia, de tronco longo, reto, cilíndrico. Casca externa de cor conza-claro sem descamação. Folhas alternas, compostas, medindo cerca de 10 cm de comprimento, imparipinadas, com 7-11 pares de folíolos opostos, de ápice agudo, acuminado ou subcaudado, base aguda, cartáceos, levemente pubescentes, pecíolo mede 2-3 cm e os folíolos, 3-4,5 cm de comprimento e 1-1,5 cm de largura. As flores são hermafroditas, zigomorfas,' medem aproximadamente 0,8 cm de comprimento, brancas e perfumadas, estão reunidas em rácimos axilares e fasciculados de 9-11 cm de comprimento. O fruto é um legume comprimido, pardo a ferrugíneo, oblongo ou elíptico, com ápice arredondado a acuminado e base aguda, indeiscente, com 2-3 sementes.

Ocorre em solos mais ou menos úmidos, argilosos ou pedregosos, na mata higrófila.

DISTRIBUIÇÃOOcorre na Argentina e no Paraguai. No Brasil ocorre desde o RS até a BA e da PB até o CE. Em nosso estado ocorre na parte norte, encosta inferior do Nordeste, extremo leste da Depressão Central e no Alto Uruguai. Em Porto Alegre é pouco frequente.

FENOLOGIA: Floresce em novembro e frutifica em fevereiro.

IMPORTÂNICA: Espécie ornamental, pela beleza e perfume das flores, estas são melíferas (46). Madeira para cabos de ferramenta e pequenas obras. Em algumas espécies dos gêneros Muellera e Lonchocarpus foi encontrada a substância rotenona, a qual foi muito utilizada como inseticida pelos povos indígenas.

Colheita e beneficiamento: os frutos bege-pardacentos, sementes alaranjadas, são colhidos maduros em julho e secos ao sol, para facilitar a abertura manual e a retirada das sementes, que devem secar à sombra, por 2 ou 3 dias.

Semeadura: a semeadura pode ser feita diretamente em recipientes, sacos de polietileno ou em tubetes de propileno (tamanho médio), ou em canteiros, para posterior repicagem. Germinação: é epígea e as plântulas são fanerocotiledonares. A emergência tem início de 10 a 15 dias do início da semeadura, com uma porcentagem de 70% a 90%. Aos 6 meses, as mudas atingem porte adequado para plantio, no campo.

FONTE DE INFORMAÇÃO:

https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/1140595/1/Especies-Arboreas-Brasileiras-vol-5-Sapuvinha.pdf






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