terça-feira, 9 de agosto de 2016

PROJETOS DE HIDRELÉTRICAS NO RIO URUGUAI: PERDAS E DESAFIOS SOCIOAMBIENTAIS*



Paulo Brack[1], Eduardo Luis Ruppenthal[2], Ismael Verrastro Brack[3]

Origem autoritária do planejamento de empreendimentos de geração hidrelétrica, que segue a despeito do avanço do marco legal da sociobiodiversidade 


As grandes hidrelétricas no Brasil, e também para a bacia do rio Uruguai, são originárias de planos elaborados entre 1977 e 1979, resgatados em sua maioria no Programa de Aceleração do Crescimento de 2007 e em edições mais recentes. Fazem parte, portanto, de uma concepção de grandes obras derivadas do período militar, como as hidrelétricas de Itaipu, Tucuruí e Balbina, agregadas a uma concepção de outros megaprojetos como Transamazônica e Usinas Nucleares de Angra. Desde então, em um intervalo de três décadas e meia, o modelo hidroenergético que implica megainfraestrutura e extensas áreas de alagamentos segue imperando a despeito da perda do que resta dos territórios da sociobiodiversidade do Brasil, em especial da região Sul do País. De acordo com Bermann (2012):

Sob a influência de grandes grupos econômicos, nacionais e internacionais, e seus aliados políticos, que formam a base da “indústria das barragens” (dam industry) no Brasil, o governo federal construiu um sistema elétrico que prioriza fortemente a geração hidrelétrica, estimulando sub-setores industriais e atendendo o suprimento a determinados setores em detrimento de outros. Por este desenvolvimento histórico criou-se um emaranhado de interesses que não nos permite afirmar que possa existir uma capacidade previsível de planejamento além de um viés concentrado em hidrelétricas no lado da geração, menosprezando a eficiência energética e outras fontes, com a utilização de cenários de crescimento de demanda, sem o questionamento de seus pressupostos, (Bermann, 2012, p. 19).


Neste intervalo de tempo, a Constituição Federal do Brasil (1988) consolidou garantias para a conservação do meio ambiente e dos direitos humanos. A garantia de serem mantidos os processos ecológicos dos rios e de sua biota protegida mediante os impactos dos empreendimentos hidrelétricos está presente principalmente no seu Art. 225, que define em seu parágrafo 1o a responsabilidade do poder público em “preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas” (inciso I), “preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País” (inciso II) e “proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade” (inciso VII). Além disso, a Constituição considerou a Amazônia, a Mata Atlântica, o Pantanal e a Zona Costeira como Patrimônios Nacionais. Assim sendo, fica evidente na Carta Magna a necessidade de que qualquer atividade, e neste caso as hidrelétricas, não venha causar extinção de espécies com a transformação dos rios, em geral com corredeiras, em lagos de represas, também em biomas como a Mata Atlântica, no caso da bacia do rio Uruguai – situações graves que permanecem sendo negligenciadas.
Externamente, o Brasil assinou importantes acordos internacionais na área ambiental, destacando-se durante a Conferência Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992, a chamada “Rio 92”, por meio da Convenção da Diversidade Biológica (CDB), ratificada em 1994. Tivemos também a instituição da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA), reconhecida pela UNESCO, no início da década de 1990, com destaque ao estabelecimento de três zonas: Zona Núcleo, Zona de Amortecimento e Zona de Transição. Como demonstração dos esforços do Brasil em implementar políticas internas nesse âmbito, dez anos após a Rio 92, em 22 de agosto de 2002, foi publicado o Decreto 4.339, que instituiu os princípios e diretrizes para a implementação da Política Nacional de Biodiversidade, fundamentada em conceitos referendados nas leis existentes e em novos temas e tratados internacionais em matérias afins pelo Congresso. A Lei da Mata Atlântica (Lei 11.428/2006), depois de mais de 14 anos em trâmite no Congresso, foi aprovada e promulgada em 22 de dezembro de 2006, visando proteger e ampliar a extensão de 7,84% de cobertura original do segundo bioma mais ameaçado de extinção no mundo. No que se refere à territorialidade protetiva de todos os biomas brasileiros, em 2004 e em 2007, foram publicados os mapas das Áreas Prioritárias para a Biodiversidade (APBio), a última versão pela Portaria do Ministério de Meio Ambiente (MMA) n. 09, de 23 de janeiro de 2007 (figura 1). É necessário enfatizar também que nestes últimos anos têm avançado os esforços para a atualização das listas de espécies brasileiras ameaçadas de extinção da flora (Port. MMA 443/2014), fauna (Port. 444/2014) e peixes e invertebrados (Port. 445/2014), incluindo as respectivas listas estaduais.
Na bacia do rio Pelotas-Uruguai, as políticas públicas em relação à proteção da biodiversidade têm uma dimensão especial: a presença do Parque Estadual do Turvo, criado em 1947, no estado do Rio Grande do Sul, onde estão abrigados os principais remanescentes florestais mais contínuos da bacia. No aspecto humano, cabe dar destaque também à criação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT) por meio do Decreto n. 6.0407, de fevereiro de 2007. 


Figura 1 – Recorte do Mapa das Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade (MMA, 2007), onde aparece o estado do Rio Grande do Sul (Fragmento do Mapa da Portaria n. 9 do MMA, de 23 de janeiro de 2007. Disponível em: http://www.biodiversidade.rs.gov.br/arquivos/1189431095MMA___2006_mapa_areas_prior.gif   Acesso em 20 de fevereiro de 2015).
Em resumo, o marco legal de proteção à sociobiodiversidade avançou, mas os projetos de hidroeletricidade seguiram basicamente os mesmos, com algumas mudanças aqui ou ali. A premissa de que os rios são passivos de construção praticamente indiscriminada de hidrelétricas, transformando os ecossistemas de cursos d’água corrente em “escadarias” de grandes lagos de reservatórios, permanece até hoje vigendo no setor elétrico. Ignora-se o desaparecimento de muitos milhares de hectares de florestas, de modos de vida e de terras produtivas, bem como desprezam-se alternativas menos impactantes de geração e uso racional de energia (eólica, solar e bioenergética).
Uma grande contradição entre a localização prevista para os projetos de hidrelétricas e a biodiversidade pode ser exemplificada na comparação dos mapas dos empreendimentos do Sistema de Informações Georreferenciadas do Setor Elétrico (SIGEL) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e o mapa das áreas prioritárias para a biodiversidade (APBio, Port. MMA, n.9/2007) (tabela 1). Os resultados indicam que a maior parte das hidrelétricas (UHEs) no Brasil segue sendo construída (62,5%) e planejada (62,1%) nas áreas prioritárias, sendo que 50% dos empreendimentos em construção estão localizados justamente na categoria de “Extrema Importância”, denotando descompasso e contradição entre as políticas públicas. 
Tabela 1 – Número e percentual de empreendimentos hidrelétricos (UHE, acima de 30 MW, ou PCH até 30 MW) no Brasil em construção ou planejados, atingindo as Áreas Prioritárias para Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira (APBio) (Port. MMA, n. 9 de 23 de janeiro de 2007), conforme cruzamento de dados disponíveis e obtidos em janeiro de 2015 no Sistema de Informações Georreferenciadas do Setor Elétrico / Agência Nacional de Energia Elétrica – SIGEL/ANEEL[1] e os dados do MMA[2].
Hidrelétricas
                           /Categorias


Extrema
(%)
Muito Alta (%)
Alta
(%)
Fora
(%)
Total APBio
(%)
UHEs em construção (8)
50,00
12,50
0,00
37,50
62,50
UHEs planejadas (261)
26,05
27,97
8,05
37,93
62,07
PCHs em construção (30)
16,67
23,33
3,33
56,67
43,33
PCHs planejadas (1720)
25,17
16,34
3,90
54,59
45,41


sexta-feira, 15 de julho de 2016

Lista da Flora Arbórea Nativa de POA - Paulo Brack et al. (2016)

Família
Nome científico
Nome popular Hábito Vegetação
ANACARDIACEAE Lithraea brasiliensis Marchand aroeira-brava avm mm
ANACARDIACEAE Schinus molle L. aroeira-salso avb mb(b)
ANACARDIACEAE Schinus polygamus (Cav.) Cabrera assobiadeira  avt mb(b)
ANACARDIACEAE Schinus terebinthifolius Raddi aroeira-salso avb mm(b)
ANNONACEAE Annona maritima (Záchia) H.Rainer araticum-mirim avt mp
ANNONACEAE Annona sylvatica A. St.-Hil. araticum avb mm
AQUIFOLIACEAE Ilex brevicuspis Reissek caúna avb ma
AQUIFOLIACEAE Ilex dumosa Reissek caúna avb mb
ARALIACEAE Schefflera calva (Cham.) Frodin & Fiaschi caixeta ava ma
ARALIACEAE Dendropanax cuneatum (DC.) Dcne. et Panch. pau-de-tamanco avm ma
ARECACEAE Bactris setosa Mart. tucum pal ma
ARECACEAE Butia odorata (Barb.Rodr.) Noblick & Lorenzi butiá pal ca
ARECACEAE Geonoma schottiana Mart. guaricana avt ma
ARECACEAE Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman jerivá avm mm
ASTERACEAE Dasyphyllum brasiliensis Spreng.  sucará-veludo avm mm
ASTERACEAE Dasyphyllum spinescens (Less.) Cabrera sucará avb mm
ASTERACEAE Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera cambará avb mb(b)
ASTERACEAE Baccharis angusticeps Dusén  vassourinha-da-praia avt mp
BIGNONIACEAE Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. ipê-verde avb mm
BIGNONIACEAE Jacaranda micrantha Cham.   carobão avm ma
BIGNONIACEAE Handroanthus pulcherrimus (Sandwith) S.O.Grose ipê-amarelo avm mp
BORAGINACEAE Cordia ecalyculata Vell. louro-mole avm ma
BORAGINACEAE Cordia americana (L.) Gottschling & J.E.Mill.  guajuvira ava mm
CACTACEAE Cereus alacriportanus  K. Schum. cacto-tuna avt ca
CANNABACEAE Trema micrantha (L.) Blume grindiuva avb mm(b)
CANNABACEAE  Celtis iguanea (Jacq.) Sarg.  taleira avp  mm
CARDIOPTERIDACEAE Citronella gongonha (Mart.) Howard congonha avm mm
CARICACEAE Vasconcella quercifolia A.St.-Hil. mamoeiro-do-mato avt mm(b)
CELASTRACEAE Maytenus cassineformis Reiss. coração-de-negro avt mb
CELASTRACEAE Maytenus dasyclada Mart.   avt mm
CHRYSOBALANACEAE Hirtella hebeclada Moric. ex A.P.DC. cinzeiro avm ma
CLUSIACEAE Garcinia gardneriana (Pl. et Tr.) Zappi bacupari avt mm
COMBRETACEAE Terminalia australis Camb. sarandi-amarelo avt mr
CUNONIACEAE Lamanonia ternata Vell.   guaraperê avm ma
CYATHEACEAE Alsophila setosa Kaulf. Xaxim-se-espinho avt ma
DICKSONIACEAE Dicksonia sellowiana Hook. Xaxim-bugio avt ma
EBENACEAE Diospyros inconstans Jacq. caquizinho-do-mato avb mm
ERICACEAE Agarista eucalyptoides (Cham. et Schl.) G. Don criuvá avt ca
ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum argentinum O. Sch. cocão avb mm
ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum deciduum St.Hil.   cocão avb mm
ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum substriatum O.E. Schulz cacãozinho avt mm
ESCALLONIACEAE Escallonia bifida Link & Otto canudo-de-pito avt mm(b)
EUPHORBIACEAE Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg. tanheiro ava ma
EUPHORBIACEAE Actinostemon concolor (Spreng.) Müll. Arg. laranjeira-do-mato avb mm
EUPHORBIACEAE Pachystroma longifolium (Nees) Johnst. mata-olho avm ma
EUPHORBIACEAE Sapium glandulosum (Vell.) Pax pau-de-leite avm mm
EUPHORBIACEAE Sebastiania brasiliensis Spreng. leiterinho avb mm
EUPHORBIACEAE Sebastiania commersoniana (Baill.) Smith et Downs branquilho-de-beira-de-rio avb mr
EUPHORBIACEAE Sebastiania schottiana M.Arg. sarandi-vermelho avt mr
EUPHORBIACEAE Sebastiania serrata (M.Arg.) M.Arg. branquilho-de-morro avb mp
FABACEAE (Caesalpinoid.) Apuleia leiocarpa (Vog.) Mcbr. grápia ava mr
FABACEAE (Caesalpinoid.) Bauhinia forficata Link pata-de-vaca avb mm(b)
FABACEAE (Caesalpinoid.) Senna corymbosa (Lam.) H.S. Irwin & Barneby fedegoso avt mm(b)
FABACEAE (Caesalpinoid.) Senna pendula (Willd.) H.S. Irwin & Barneby fedegoso avt mm(b)
FABACEAE (Faboideae) Erythrina crista-galli L. corticeira-do-banhado avb mr
FABACEAE (Faboideae) Erythrina falcata Benth.     corticeira-da-serra ava ma
FABACEAE (Faboideae) Lonchocarpus campestris Mart. ex Benth. rabo-de-bugiu avb ma
FABACEAE (Faboideae) Lonchocarpus nitidus (Vog.) Benth.   canela-do-brejo avb mr
FABACEAE (Faboideae) Machaerium paraguariense Hassl. pau-de-malho avm ma
FABACEAE (Faboideae) Machaerium stipitatum (DC.) Vog. farinha-seca avm mm
FABACEAE (Faboideae) Ormosia arborea (Vell.) Harms olho-de-cabra avb ma
FABACEAE (Mimosoidae) Albizia edwallii (Hoehne) Barneby et Grimes pau-gambá avb mp
FABACEAE (Mimosoidae) Calliandra tweedii Benth. topete-cardial avt mr
FABACEAE (Mimosoidae) Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Mor. timbáuva ava mm
FABACEAE (Mimosoidae) Inga affinis DC. Inga-banana avm ma
FABACEAE (Mimosoidae) Inga marginata Willd. Inga-feijão avb mm
FABACEAE (Mimosoidae) Inga sessilis (Vell.) Mart.   Inga-ferradura avm ma
FABACEAE (Mimosoidae) Inga vera Willd. Inga-beira-de-rio avm mr
FABACEAE (Mimosoidae) Inga virescens Benth.   Inga-da-serra avm mm
FABACEAE (Mimosoidae) Mimosa bimucronata (DC.) O.Ktze. maricá avb mm(b)
LAMIACEAE Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke  pau-de-tamanco avb ma(b)
LAMIACEAE  Vitex megapotamica (Spreng.) Mold. tarumã-preto avm mm
LAURACEAE Aiouea saligna Meiss. canela-fogo ava ma
LAURACEAE Endlicheria paniculata (Spreng.) Macbr. canela-frade avb ma
LAURACEAE Nectandra grandiflora Nees avm ma
LAURACEAE Nectandra megapotamica (Spreng.) Mez canela-preta ou fedorenta ava ma
LAURACEAE Nectandra oppositifolia Nees canela-ferrugem ava ma
LAURACEAE Ocotea catharinensis Mez canela-imbuia avm ma
LAURACEAE Ocotea diospyrifolia (Meiss.) Mez canela avm ma
LAURACEAE Ocotea puberula Nees canela-guaicá ava mm
LAURACEAE Ocotea pulchella Mart. canela-lajeana avm mm
LOGANIACEAE Strychnos brasiliensis (Spreng.) Mart. esporão-de-galo avt mm
MALVACEAE  Luehea divaricata Mart. et Zucc. açoita-cavalo ava mm
MELASTOMATACEAE Miconia hiemalis A.St.-Hil. pixirica-branca avt mm(b)
MELIACEAE Cabralea canjerana (Vell.) Mart. canjerana ava ma
MELIACEAE Cedrela fissilis Vell. cedro-rosa ava ma
MELIACEAE Guarea macrophylla Vahl pau-de-arco avb mm
MELIACEAE Trichilia claussenii C.DC. catiguá-quebra-machado avm ma
MELIACEAE Trichilia elegans A.Juss. pau-de-ervilha avt mm
MONIMIACEAE Hennecartia omphalandra J. Poiss. gema-de-ovo avb ma
MORACEAE Ficus adhatodifolia Schott.   figueira-purgante ava ma
MORACEAE Ficus luschnatiana  Miq.     figueira-branca ava ma
MORACEAE Ficus cestrifolia Schott figuera-de-folha-miúda ava mm
MORACEAE Maclura tinctoria (L.) D.Don ex Steud.   tajuva avm mm
MORACEAE Sorocea bonplandii (Bail.) Burg., Lanj. et Boer cicho avb mm
MYRTACEAE Blepharocalyx salicifolius (Kunth) Berg murta avm mm
MYRTACEAE Calyptranthes concinna DC. guamirim avt mm
MYRTACEAE Campomanesia rhombea Berg guabiroba-crespa avb mm
MYRTACEAE Campomanesia xanthocarpa Berg guabiroba avm mm
MYRTACEAE Eugenia bacopari D.Legrand guamirim-pimentão avb mm
MYRTACEAE Eugenia florida DC. guamirim avb ma
MYRTACEAE Eugenia hiemalis Camb. guamirim-da-restinga avt mp
MYRTACEAE Eugenia involucrata DC.   ceregera-do-mato avb ma
MYRTACEAE Eugenia multicostata D.Legrand   araça-piranga, pau-alazão ava ma
MYRTACEAE Eugenia myrcianthes Nied. pesseguêiro-do-campo avb mp
MYRTACEAE Eugenia ramboi D.Legrand   batinga-branca avb ma
MYRTACEAE Eugenia rostrifolia D.Legrand batinga-vermelha ava ma
MYRTACEAE Eugenia verticillata (Vell.) Angely guamirim-uvá avt mm
MYRTACEAE Eugenia uniflora L. pitangueira avb mm
MYRTACEAE Eugenia uruguayensis Camb. guamirim-ligustro avb mm
MYRTACEAE Myrcia palustris DC.  guamirim avb mb
MYRTACEAE Myrcia glabra (Berg) D.Legrand guamirim-vermelho,ubá avb ma
MYRTACEAE Myrcia multiflora (Lam.) DC. cambuim-folha-larga avb mm
MYRTACEAE Myrcia selloii (Spreng.) N.Silveira camboim avb mp
MYRTACEAE Myrcianthes gigantea (D.Legrand) D.Legrand araça-do-mato avm ma
MYRTACEAE Myrcianthes pungens (Berg) D.Legrand guabiju avm mm
MYRTACEAE Myrciaria cuspidata Berg cambuim  avt mb
MYRTACEAE Myrciaria delicatula (DC.) Berg cambuim-folha-comprida avt mb
MYRTACEAE Myrciaria floribunda (West ex Willd.) Berg   cambuinzão avm mm
MYRTACEAE Myrrhinium atropurpureum Schott. guamirim-pau-ferro avb mm
MYRTACEAE Plinia rivularis (Camb.) Rotm. guaporetí, baporetí avb mr
MYRTACEAE Psidium cattleyanum Sab. araça-amarelo avt mb
NYCTAGINACEAE Guapira opposita (Vell.) Reitz maria-mole avm mm
OLEACEAE Chionanthus trichotomus (Vell.). P.S. Green  azeitona-do-mato avm ma
OPILIACEAE Agonandra excelsa Griseb. saputá, amarelão avm mm
PHYTOLACCACEAE Seguieria americana L. unha-de-tigre avp mm
PHYTOLACCACEAE Phytolacca dioica L.     umbú ava mm
PICRAMNIACEAE Picramnia parvifolia Engler pau-amargo avb ma
PIPERACEAE Piper amalago L.  pariparobá avt ma
POLYGONACEAE Ruprechtia laxiflora Meiss. marmeleiro-do-mato avm mr
PRIMULACEAE Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze capororocão avm mm
PRIMULACEAE Myrsine lorentziana (Mez) Arechav. capororoca-vermelha avb mm
PRIMULACEAE Myrsine laetevirens (Mez) Arechav. capororoca-do-brejo avb mr
PRIMULACEAE Myrsine loefgrenii (Mez) Otegui* capororoca avb mm
PRIMULACEAE Myrsine umbellata Mart. capororocão avm mm
PRIMULACEAE  Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. capororoquinha avb mm(b)
PROTEACEAE Roupala brasiliensis Klotz. carvalho-brasileiro avm mm
QUILLAJACEAE  Quillaja brasiliensis (A.St.-Hil. et Tul.) Mart. sabão-de-soldado avm mm
RHAMNACEAE Colletia paradoxa (Spreng.) Escal.  quina-cruzeiro avt ca
RHAMNACEAE Colubrina glandulosa Perk. sobrají avm ma
RHAMNACEAE Scutia buxifolia Reiss. coronilha avb mb
ROSACEAE Prunus myrtifolia (L.) Urb. pesseguêiro-bravo avm ma
RUBIACEAE Chomelia obtusa Cham. et Schl. rasga-trapo avp mm
RUBIACEAE Faramea montevidensis (Cham. & Schltdl.) DC. pimenteira-do-mato avt mm
RUBIACEAE Guettarda uruguensis Cham. et Schl. veludo avb mm
RUBIACEAE Randia ferox (Cham. & schltdl.) DC. limoeiro-do-mato avb mm
RUTACEAE Esenbeckia grandiflora Mart. pau-de-cutia avt mm
RUTACEAE Zanthoxylum caribaeum mamica-de-cadela avm ma
RUTACEAE Zanthoxylum fagara (L.) Sarg. coentrilho avb mp
RUTACEAE Zanthoxylum rhoifolium Lam. mamica-de-cadela avm mm
SALICACEAE  Banara parviflora (Gray) Benth. farinha-seca avm mm
SALICACEAE Casearia decandra Jacq. guaçatonga avb mm
SALICACEAE Casearia silvestris Sw. chá-de-bugre avb mm
SALICACEAE Xylosma pseudosalzmannii Sleumer sucará avm mm
SALICACEAE Salix humboldtiana Willd. salgueiro ava mr
SAPINDACEAE Allophylus edulis (St.Hil.) Radlk. chal-chal avm mm
SAPINDACEAE Cupania vernalis Camb. camboatá-vermelho avm mm
SAPINDACEAE Dodonaea viscosa (L.) Jacq. vassoura-vermelha avt vp
SAPINDACEAE Matayba elaeagnoides Radlk. camboatá-branco avm mm
SAPINDACEAE Matayba intermedia Radlk. camboatá-branco avm ma
SAPOTACEAE Chrysophyllum gonocarpum (Mart et Eichl.) Engl. aguai-guaçu avm ma
SAPOTACEAE Chrysophyllum marginatum (Hook. et Arn.) Radlk. aguai-mirim avb mm
SAPOTACEAE Pouteria gardneriana (DC.) Radlk. aguai-de-beira-de-rio avm mr
SAPOTACEAE Pouteria salicifolia (Spreng.) Radlk. aguai-mata-olho avb mr
SAPOTACEAE Syderoxylon obtusifolium (Roem.et Sch.) Penn. coronilha-da-praia avm mp
SANTALACEAE Acanthosyris spinescens(Mart. & Eichl.) Griseb. sombra-de-touro avm mm
SANTALACEAE Jodina rhombifolia Hook. et Arn. cancorosa-três-pontas avb mp
SOLANACEAE Solanum mauritianum Scop. fumo-bravo avb mm(b)
SOLANACEAE Solanum pseudoquina St. Hil. canema avb mm
SOLANACEAE Solanum sanctaecatharinae Dunal canema-branca avb mm
SOLANACEAE Vassobia breviflora (Sendtn.) Hunz. baga-de-jacú avt mm
STYRACACEAE Styrax leprosum Hook. et Arn. carne-de-vaca avb mm
SYMPLOCACEAE Symplocos tetrandra (Mart.) Miq. sete-sangrias-do-mato avb mm
SYMPLOCACEAE Symplocos uniflora (Pohl) Benth. sete-sangrias-do-mato avb mb(b)
THYMELAEACEAE Daphnopsis racemosa Griseb. embira avt mm
URTICACEAE Boehmeria caudata Sw. urtiga-mansa avt mm
URTICACEAE Cecropia pachystachya Trec. embaúba avm mm(b)
URTICACEAE Coussapoa microcarpa (Schott) Rizzini figueira-mata-pau ava mm
URTICACEAE Urera nitida (Vell.) P.Brack urtigão avt mm
VERBENACEAE Citharexylum montevidense (Spreng.) Mold. tarumã-de-espinho avm mm
VERBENACEAE Citharexylum myrianthum Cham. tarumã-branco avm ma